A estratégia adotada na Maratona de Porto Alegre de correr a segunda metade da prova mais rapidamente só não foi melhor devido as contrações na musculatura da panturrilha, que anunciavam a possibilidade de cãibras, obrigando a quebra de ritmo em alguns trechos do percurso. Mesmo assim, o “sprint negativo” (termo que designa correr a segunda parte da prova mais rapidamente que a primeira) permitiu uma diferença de 1min45s.

Chegada na Maratona de Porto Alegre 2014
A primeira meia maratona da prova foi percorrida em 1h42min08s, num ritmo de 4min51s/km. Embora o ritmo tenha ficado um pouquinho acima do prescrito pelo treinador, de 4min50s/km, não comprometeu o rendimento e, tão pouco, o planejamento da maratona. 
A ideia para a segunda meia era de correr bem abaixo dos 4min46s/km que consegui, mas como disse, as contrações musculares não permitiram encaixar um pace melhor. De qualquer forma, 1h40min23s para os 21 km finais de uma maratona não foi tão ruim. Entretanto, confesso que esperava render bem mais, levando-se em consideração que a parte cardiorrespiratória funcionou perfeitamente.
Tenho a impressão que o “sprint negativo” é uma boa estratégia para se obter tempos expressivos em maratonas. Pelo menos comigo tem funcionado. E bem…
Nunca estive tão
perto de Boston. Apesar de morar no meio do mundo, sobre a linha do equador, Boston
está a aproximadamente sete minutos do meu sonho de consumo no mundo das
corridas.
O tempo de 3h21min57s
obtido em Porto Alegre trouxe uma boa dose de injeção de ânimo, já que o ano de
2013 não propiciou boas marcas nas duas maratonas que enfrentei. Principalmente
pelo fato de ter encaixado uma sequência de treinamento pautada na diversidade
e marcada pela inovação, cujos benefícios o organismo absorveu de uma forma surpreendentemente
bem.

Maratona de Porto Alegre 2014
Há a expectativa de
melhorar ainda mais o condicionamento físico, à medida que, numa avaliação do
desempenho em Porto alegre, identifique alguns aspectos limitadores do desempenho.
Fato esse que já foi realizado e devidamente melhorado nessa preparação para a
Maratona de Berlim.
Talvez, sete minutos
possa sugerir uma barreira quase intransponível, mas quando se trata de corrida
de longa distância, não chega a ser algo desesperador, referindo-se a um atleta
amador. Um exemplo disso é que baixei meu recorde pessoal em mais de três
minutos e meio, que já perdurava por três temporadas. E também porque ainda não
cheguei ao meu limite.
Assim sendo, entendo
que a possibilidade de qualificação para Boston está cada vez mais próxima. Até
porque, no próximo ano, passarei para uma nova categoria em que a exigência de
índice é menor (3h20min). Então, estou a cada dia mais próximo de Boston.
Por Flavio Cavalcante

Neste fim de semana decidimos
por um treino diferente, longe do asfalto e da movimentação e poluição urbana.
Em pleno sábado, acordamos ainda na madrugada para seguir de carro até o km 60
da  BR 156. Ali, em meio aos pinhais e
eucaliptos de uma grande empresa de celulose, trilhas em labirinto permitem
correr qualquer distância.

Uma aprazível chácara às margens do Rio Matapi seria o ponto de partida e chegada. Como minha planilha
previa 12 km, correria metade indo e metade voltando, entre subidas e descidas, pisando
na lama e na piçarra.

Iniciei com um trote confortável,
fotografando os companheiros e registrando a bela paisagem
amazônica. Após uma légua – seis quilômetros – dei meia
volta
e acelerei em busca da linha de chegada.
Mesmo
com o sol forte, finalizei ainda com fôlego. Tomei um bom gole de água,
e, como prêmio, derramei o restante do refrescante líquido sobre a
minha cabeça. Me surpreendi com o desempenho, pois deixei comendo poeira ou bebendo lama os companheiros que cumpririam
a mesma distância que eu.

Ainda comemorava minha
vitória quando olhei detidamente para o lugar e percebi que algo estava
errado. Aquele não era o sítio de onde partimos. Tomei um caminho diferente.
Sem água, com muito sol,
voltei alternando trotes e caminhadas por mais uns cinco quilômetros. Retomei o
percurso correto e fui resgatado pelo amigo Bob,
que de carro, preocupado, já me procurava pelas inúmeras trilhas do lugar.

Ao chegar, ouvi piadas dos colegas como que a onça havia me comido quando precisei me
embrenhar na mata por conta de um desconforto intestinal. Mas pior que sofrer com as
ironias foi constatar que a minha primeira vitória nos treinos durou apenas
alguns instantes, tempo suficiente para perceber que eu estava ariado** nas trilhas da floresta.

__________

* personagem da mitologia grega que habitava um labirinto na ilha de creta. 

**perdido, que não sabe para onde ir.
________________________
Extraído do blog Pedra de Clarianã (http://pedradeclariana.blogspot.com.br/)

Três semanas depois da Maratona de Porto Alegre, o corpo vai se adaptando e readquirindo a antiga forma física. Embora, nessa fase inicial de treinamento visando a Maratona de Berlim, o condicionamento não seja o ideal para grandes esforços, correr numa trilha na companhia de amigos, supera qualquer limitação de ordem física.
Mais uma vez, um treino off-road para ninguém botar defeito. Ingredientes de tirar o fôlego não faltaram. Havia lama, poças d’água, subidas, descidas, piçarra solta e as deformidades de praxe na pista.
Sem missão oficial de ritmo ou velocidade, a tarefa era simplesmente correr e, vez por outra, uma resenha quase ofegante para distrair. Na verdade, o compromisso era acompanhar minha prima Lice Pacheco, que está se preparando para debutar nos 42 km, no Rio de Janeiro. Conversamos com a mesma competência com que corremos e concluímos 21 km em 2h15min50s, ritmo médio de 6min27s/km. 
RETORNO
Depois da ressaca da minha melhor maratona, volta a lucidez dos treinos visando a Maratona de Berlim, no segundo semestre. Serão 17 semanas de preparação, que acredito ser mais do que suficiente para melhorar ainda mais o meu recorde pessoal (RP).
RECORDE PESSOAL
Falando em RP, apesar do foco ser a Maratona de Berlim, há duas outras provas que pretendo melhorar minhas marcas. A primeira será a Meia Maratona do Rio, no final de agosto. O tempo de 1h34min57s perdura desde 2011. A segunda é a Corrida do Círio, em Belém. No ano passado melhorei a marca, mas acredito que posso correr bem abaixo dos 42min40s.
CORRIDA DO CÍRIO
Em 2014, completo 10 anos de Corrida do Círio. Tenho a impressão que sou o amapaense com o maior número de participações nessa prova. Uma motivação extra para marcar a data com um resultado expressivo.
PREMIUM NA MEIA DO RIO
Já efetuei a inscrição na Meia Maratona do Rio. Dessa vez, vou experimentar o pelotão PREMIUM, que larga junto com a elite. O preço é um pouco salgado, mas vale a pena para tirar uma onda e desfilar junto com a elite.
PROVA-TESTE
A intenção de correr a Meia do Rio é para utilizá-la como uma prova-teste na preparação para a Maratona de Berlim, que acontecerá quase um mês depois. Correr uma meia antes de uma maratona é uma boa estratégia para testar ritmo e avaliar o nível de condicionamento.
Como a corrida off-road melhora a corrida no asfalto?
Treino off-road
TRILHAS TRABALHAM A RESISTÊNCIA
Embora corredores de rua temam as trilhas, o chão macio ajuda a aumentar a resistência e força no tornozelo, sem agredir seu corpo.
TRILHAS TRABALHAM A FORÇA MUSCULAR
terrenos enlameados absorvem parte da energia que você coloca sobre o chão, ou seja, você tem de se esforçar mais.
TRILHAS TRABALHAM A ESTABILIDADE DO CORE
Dependendo da trilha que você escolher, será preciso se esforçar mais para manter o equilíbrio e ficar de pé. Esse equilíbrio vem porque você trabalha os músculos do core em seu abdômen e nas costas. Quando você leva essa força recém-adquirida de volta para a rua, você vai estar mais protegido de lesões e terá uma base mais sólida em cada passo.

TRILHAS FAZEM VOCÊ FICAR MAIS EFICIENTE

As trilhas mais fáceis off-road ajudam a desenvolver o tato sobre o chão e você ficará mais apto a correr com o mediopé ou antepé – consideradas as melhores técnicas de corrida. As descidas aumentam a rotatividade da perna e diminuem o tempo de contato com o solo. Ambas as vantagens são úteis para levá-lo de volta à rua, pois te deixam mais rápido.

_______________________________________
Texto extraído do GUIA ESSENCIAL RUNNING – Treinamento e Técnica, 1a. ed, São Paulo, On line Editora, 2014.   

 

Na preparação para a Maratona de Berlim, os treinos vão
estar incrementados com a utilização da Elevation Training Mask (máscara de
treinamento de elevação). Segundo o representante no Brasil, a máscara simula o
efeito do treinamento em altitude para aumentar o gasto calórico, a frequência
cardíaca e a quantidade de glóbulos vermelhos no sangue.
Nos primeiros usos, a Training
Mask
dá uma sensação de desespero devido a diminuição da oferta de ar
durante a corrida, o que dificulta a respiração. É exatamente isso que faz com
que o esforço dos pulmões melhore a capacidade de
oxigenação do atleta e ajude na circulação
sanguínea, movendo de forma eficiente sangue oxigenado para as células do
corpo.

Marco usando a Training Mask
A ideia é que o consumo limitado de oxigênio aumente a produção de
células vermelhas do sangue e que em condições normais, o atleta melhore o
desempenho. Segundo o fabricante, o princípio é o mesmo que ocorre
quando atletas, que querem melhorar a performance, treinam na altitude e quando
voltam a correr ao nível do mar ficam mais resistentes, fortes e rápidos.
A
Elevation Training Mask
é muito difundida entre atletas do MMA como o lutador Anderson Silva; o triatleta
australiano Pete Jacobs, segundo colocado no Ironman do Havaí em 2011; Adriano
Bastos, octacampeão da Maratona da Disney e em outros esportes como basquete,
futebol, corrida e ultramaratona.

Anderson Silva usando a Training Mask
Veja
alguns benefícios de se usar a máscara de treinamento, segundo o representante
no Brasil:
-Aumenta
a força do Diafragma;
-Melhoria
da Circulação;
-Melhora
o condicionamento cardiovascular;
-Aumenta
a capacidade Pulmonar;
-Aumenta
o limiar aeróbico;
-Aumenta
a eficiência de oxigênio;
-Aumenta
a produção de energia;
-Aumenta
a resistência física e mental;
-Aumenta
a concentração mental;
Começa a preparação
rumo a Maratona de Berlim. Como a prova está marcada para o dia 28 de setembro,
serão 17 semanas de treinamento, tempo suficiente para deixar a “máquina”
azeitada para uma performance digna da grandiosidade do evento. É que a Maratona
de Berlim é a preferida da elite mundial, pois é propícia para a quebra de
recordes mundiais pelo fato de ser uma das mais velozes devido ao seu percurso
plano e rápido. Por isso, os recordes acontecem. Ao todo, nove recordes
mundiais já foram quebrados em Berlim, seis no masculino e três no feminino, sendo
os últimos cinco consecutivamente. Inclusive, o último, em 2013, com Wilson
Kipsang (QUE), estabelecendo 2h03min23s.

Maratona de Porto Alegre 2014
Os recordes mundiais
são uma boa motivação para quem pretende quebrar seu recorde pessoal. Assim, espero
que o treinamento permita um rendimento tão bom ou melhor do obtido em Porto
Alegre, quando corri extremamente bem e melhorei o meu RP, fazendo 3h21min57s.
Para isso, pouca coisa será mudada em relação à preparação para Porto Alegre: treinos
de velocidade baseados em ritmo; longões no asfalto e em trilhas; treino
funcional e atividades na piscina. Haverá uma única novidade, um acessório que será
utilizado nos treinos, que em breve será divulgado.

Assim,
bora treinar!

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