Todo corredor passa por dias ruins, mas dá para tirar proveito disso
NÃO CONSIGO DORMIR
“Uma boa noite de sono na noite anterior à corrida não é superimportante”, diz o psicólogo Peter Hudson (www.cyclotherapy.org), que costuma ajudar atletas, incluindo ciclistas, corredores e triatletas. Hudson diz que se você estiver bem descansado nos poucos dias antes do evento, sua corrida não será afetada. “Tente encontrar algo para distraí-lo, pois quanto mais estressado você ficar, mais difícil será pegar sono.”
RELAXE 
Ficar nervoso antes do grande dia é normal, mas preocupação em excesso pode desestabilizar até o atleta mais experiente. “Visualize um cenário calmo e pacífico, que não seja relacionado à corrida”, diz Hudson. “Ou lembre-se de um momento em que se sentiu muito bem em uma corrida anterior ou durante um treino. Relacione essa sensação a uma palavra que você possa acessar rapidamente antes da corrida, ou durante a prova.”
BOCA FECHADA
É uma boa ideia seguir uma rotina pré-corrida: seja aquecer-se, alongar-se um pouco ou ouvir Justin Bieber no ipod. “Mas não se distraia”, diz Hudson. “Prepare-se para ser firme com outros corredores que queiram conversar e atrapalhar sua rotina.”  Hudson recomenda uma rápida pré-visualização da corrida; “Lembre-se dos treinos que você tem feito e imagine-se correndo os últimos quilômetros no limite, mas com total controle.”
TODO MUNDO SOFRE 
Uma fisgada, uma dor no tendão, o aparecimento de uma bolha… Dores e incômodos são comuns, mas você pode estar dando muita atenção a eles. “Lide com a dor dentro de uma escala de um a 10”, sugere Hudson, “sendo 10 a pior que você pode imaginar. Como você classificaria como se sente agora? Normalmente, na pior das hipóteses, é 5 ou 6, se estiver no limite em uma corrida”. (Obviamente, se você chegar perto do 10, talvez seja hora de para…).
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Texto extraído do GUIA ESSENCIAL RUNNING – Treinamento e Técnica, 1a. ed, São Paulo, On line Editora, 2014.   

Em tese, para correr uma maratona
basta treinar. Na prática, significa que você deve cumprir algumas horas de
corridas semanais. Entretanto, se a opção for por marcas expressivas, vai
exigir um treinamento mais elaborado, com sessões de treinos de corrida e
musculação para fortalecer a musculatura, conforme prescrevem os treinadores.  

 

Para quem já tem uma boa rodagem,
uma forma eficiente de obter resultados expressivos é diversificar o
treinamento. É que, segundo especialistas, quando diversificamos o treino, o
corpo reage àquele estímulo específico e proporciona a sua adaptação ao esforço,
com evolução das capacidades físicas.

 

Na minha preparação para a
Maratona Internacional de Porto Alegre a regra foi diversificar. Foram 20
semanas de treinamento que proporcionaram a obtenção do meu recorde pessoal – 3h21min57s.
E mais, concluí os 42 km inteiraço, com sobras. Veja como foi a preparação:

Treino no asfalto

●Planilha – nos treinos de corrida foram utilizados 5
dias, que incluíam um treino regenerativo; uma rodagem curta (estabilizador);
dois treinos de qualidade (fartleck e intervalados), visando ritmo e velocidade
e uma rodagem longa. Nos treinos, o parâmetro utilizado foi o ritmo, de acordo
com minhas pretensões de prova. Além disso, nos longões, alternei asfalto e
trilha, que serviu para dar uma boa base no início da preparação.

Treino na trilha

●Treino Funcional – a inovação do treinamento foi a
substituição da musculação pelo TF. Em três dias da semana, era mesclado
atividades na grama e na areia, visando o ganho de força, equilíbrio,
flexibilidade, condicionamento físico, resistência e agilidade, que são
habilidades que ajudam na economia de energia e na técnica de corrida.

Treino Funcional na areia

●Corrida na piscina – nos dias de descanso, a piscina foi um refúgio
precioso no processo de recuperação muscular. As atividades incluíam exercícios
e corrida com cinto de tração na água. Além de melhorar o condicionamento
físico, foi fundamental para prevenir lesões.

Corrida na piscina

●Exercícios educativos – todas as atividades eram iniciadas com exercícios
educativos. O objetivo era melhorar a coordenação motora, a postura, a
eficiência e a economia de energia na execução dos movimentos de corrida.

Uma dúvida assombrou a
curiosidade de muitos corredores após passarem pela linha chegada da Maratona
de Porto Alegre, no domingo (18/05). É que quem correu com GPS registrou uma distância
bem acima da medida oficial de maratona (42.195 m).

 

O GPS do paulista Mauro Marufuji,
que completou a prova em 3h19min, assinalou 42.500 m. A mesma distorção ocorreu
com o GPS deste maraturista que vos bloga, apenas com 40 metros a menos. O GPS
marcou 42.460 m. Ainda no local, outros dois maratonistas informaram distâncias
também discrepantes da oficial. O curioso é que mesmo registrando distâncias
superiores à oficial, o tempo final foi praticamente o mesmo do resultado
oficial. No meu caso, apenas 2 segundos abaixo. Muito estranho.

Por outro lado, sabemos que
pequenas variações podem ser observadas na marcação da distância pelo GPS dos
corredores. Isso decorre da trajetória que cada corredor descreve durante o
percurso. Entretanto, discrepâncias consideráveis podem ensejar dúvidas quanto
a medição correta do trajeto. Até porque o percurso sofreu alterações em
relação aos anos anteriores, em função das obras em Porto Alegre, que é uma das
cidades-sedes da Copa do Mundo. Talvez, o erro na medida esteja relacionado aos
ajustes que foram feitos para adequar largada e chegada no mesmo lugar e tendo
que obedecer aos desvios das obras.

 

Bom, mas o que vale é o registro
oficial. Então, fazer o quê?

Bem ao estilo das maratonas, que vemos os marcadores de ritmo ajudar os atletas a conseguir
atingir suas metas pessoais, foi o que aconteceu com uma trinca de corredores
da Assessoria Esportiva do Adriano Bastos. Adriano Gusmão e Willian Sales já
vinham correndo lado a lado. Um marcando ritmo para o outro e revezando-se na
hora de apanhar água nos postos de hidratação. Um trabalho de equipe
compartilhado para possibilitar o cumprimento de um objetivo comum – a meta de
3h24min na Maratona de Porto Alegre, de acordo com a sugestão do chefe (técnico
Adriano Bastos). Sorrateiramente, tirei proveito da situação e posicionei-me discretamente
atrás dos dois, cerca de um metro. O pace estava perfeito. A dupla formava
ainda um paredão que me protegia da ação do vento frio, que dava uma sensação
térmica de pelo menos 12 graus.

Seguindo a dupla

Alguns quilômetros depois, pedi licença para
acompanha-los e apresentei-me como aluno do Adriano Bastos. Imediatamente, fui
aceito. Estabelecemos um curto diálogo e logo voltamos à concentração para o
desafio. A trinca estava formada. Agora, o paredão era triplo e todos
trabalhando para melhorar o desempenho do grupo. É incrível como o trabalho em
equipe é capaz de produzir resultados maravilhosos, pois, chegamos no km 30
fazendo a passagem em cada 10 km com 47min22s, 47min23s e 47min33s. Uma
precisão de ritmo de encher de orgulho qualquer treinador.

Trinca formada

Não foi uma tarefa
fácil, sobretudo, porque a essa altura da prova o coração dizia sim, mas o
corpo começava a dizer não. E foi com o espírito transpirando determinação e
superação, que finalizamos a jornada e cruzamos a linha de chegada, apesar da
dor. Depois disso, podem nos chamar de maratonistas. Mas se preferirem,
marcadores de ritmo é o que somos.

Adriano, Marco e Willian – Marcadores de Ritmo
Depois de
cruzar a linha de chegada e completar o seu desafio pessoal, chegou a hora de
ouvir com atenção as mensagens que o corpo está enviando. É que correr
uma maratona tem reflexos significantes sobre o organismo. Por isso, é
importante manter-se atento nos dias após a corrida. Não há nada contra em
treinar no dia seguinte, porém, atletas amadores dificilmente conseguem em
função das dores musculares. O corpo foi submetido a um esforço descomunal e
precisa descansar para recuperar-se. Maratonistas mais experientes indicam o
tradicional banho quente como um excelente remédio para aliviar as dores
musculares. Ele acalma a rigidez e os espasmos da musculatura. Outros atletas
preferem a massagem com óleo de arnica para ajudar no retorno venoso. Cada um
sabe a dor e a delícia de ser maratonista. Embora, no curto prazo seja
doloroso, a conquista é para sempre. Então, vale a pena tentar, pois a dor é
passageira!
Maratona de Porto Alegre 2014

A
Maratona Internacional de Porto Alegre é sem dúvida uma das melhores do Brasil.
Os números demonstram o seu crescimento ano após ano. Está se tornando a
preferida dos atletas amadores pelo clima agradável, altimetria plana e
organização perfeita.

Veja os números:

● 6 mil – número de participantes.

● 69,03 % dos participantes são do
sexo masculino.

● 30,97 % dos participantes são do
sexo feminino.

● 298 cidades estavam representadas.

● 26 estados representados.

● 142 idoso participaram da prova.

● 27 atletas eram portadores de
deficiência física.

● 70 mil garrafas de água foram
distribuídas durante o percurso.

No universo das
corridas, há aqueles que acreditam que você é capaz, depositam confiança,
incentivam e dão forças para que você consiga atingir seus objetivos. Essas
atitudes num país que pouco investe no esporte fazem toda a diferença.
Por isso, registro o
agradecimento aos nossos parceiros, a VITACLIN,
VEX Construções e o Centro de
Ensino FISK – MACAPÁ
, marcas reconhecidas no mercado, pela confiança
demonstrada em nosso trabalho na Maratona
Internacional de Porto Alegre
e por acreditarem no maraturismo como
instrumento de mudança de hábitos rumo a uma vida mais saudável e com melhor
qualidade.

A medalha conquistada
na Maratona de Porto Alegre com um recorde pessoal demonstra que essas empresas
trouxeram bons fluídos. Valeu! Thank you very much.

O maratonista Antonio Brazão
em temporada na Espanha aproveitou para manter a boa forma participando de duas
grandes provas no país. Primeiro foi a Meia Maratona de Madri, onde marcou o
tempo de 1h46min08s, aproveitando o clima favorável.

Antonio Brazão na Meia Maratona de Madrid

Depois da meia madrilena, o atleta estabeleceu seu
recorde pessoal na Meia Maratona da Catalunha, com o tempo de 1h38min52s.
Apesar de não estar cem por cento fisicamente, Brazão obteve uma ótima marca.

Antonio Brazão na Meia Maratona da Catalunha

Agora, o tempo será destinado a recuperação e ao
maraturismo. Boa Brazão!

O Amapá mais uma vez foi destaque em Belém. Desta
vez na categoria feminina. A atleta Lice Pacheco,
que apesar de amadora, venceu a edição da Track & Field, etapa Pará, que
aconteceu domingo (18/05).

A corredora em sua estratégia na corrida fez a
primeira metade da prova de forma conservadora e acelerou nos quilômetros para
completar os 10 km em primeiro lugar, com o tempo de 50min45s.

 

Lice participou da prova como preparação para a
Maratona do Rio, que acontecerá em julho, onde fará sua estreia nos 42 km.

 

Parabéns, prima!

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