O Amapá também se fez presente na Maratona de Porto Alegre. Ao todo, nove atletas participaram da prova. A grande maioria composta de estreantes, mas que fizeram bonito e cumpriram os 42 km da prova.

Maraturistas do Amapá: Marcelo, Kelé, Marco, Ruither, Adenilson, Carlos, Brasil e David
Os
grandes destaques foram: David Campos que marcou o melhor tempo de um
amapaense em maratonas e logo na sua estreia e O Everaldo Palheta,
carinhosamente chamado de Kelé pelos corredores, que também estreou e
ficou na 43a. colocação na categoria 60-64 anos.

Veja os resultados:
David Campos – 3h10min13s
Marco Aurélio – 3h21min57s
Adenilson Dias – 3h43min17s
Carlos Souza – 3h46min26s
Ruither Loiola – 3h52min42s
Paulo Sérgio – 4h12min11s
Marcelo Gonçalves – 4h22min02s
Armindo Brasil – 4h33min31s
Everaldo Palheta (Kelé) – 4h43min01s

A Maratona de Porto Alegre já é, de
longe, a minha melhor maratona. Não é só pelo fato de ter estabelecido o meu
recorde pessoal na distância, mas também pela forma como o corpo reagiu durante
os 42 km. Fora os espasmos na panturrilha, conclui a prova inteiraço, tanto no
aspecto físico quanto psicológico. Consegui engatar o ritmo planejado sem muito
esforço, respiração controlada e uma postura invejável. Com tudo isso, só posso
festejar o resultado. A seguir, como ficou a minha performance.

MARATONA INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE – 42 km
Tempo
oficial: 3h21min57s
Classificação
Geral:
284
Classificação
p/ faixa etária:
53
Ritmo:
4min47s/km
Velocidade
média:
12,5
km/h
Manhã cinzenta com clima agradável na largada da Maratona de Porto Alegre. A neblina estava forte que nem dava para ver a torre da Usina do Gasômetro, um dos pontos turísticos da cidade. Nada de Sol e um vento frio dava uma sensação térmica bem abaixo dos 16 graus anunciados pelos termômetros. Ambiente excelente para correr uma maratona.

Largada da Maratona de POA 2014
Estava clareando quando foi dada a largada. Entrei quente na prova ao ritmo de muito axé. Mais uma vez na companhia do meu amigo Mauro Marufuji. Nossas estratégias polarizavam: eu pretendia um sprint negativo e ele um positivo. Assim, cumprimentamo-nos e partimos para o desafio. Resolvi seguir a estratégia do chefe (treinador Adriano Bastos). Até o km 30, num ritmo de 4min50s/km, depois disso, partir para fazer um resultado melhor do que a previsão de 3h24min.
O frio incomodou nos primeiros cinco quilômetros. Pensei em Paris quando o corpo entrou em colapso devido ao frio e não desenvolveu o esperado. Contudo passei na casa dos 10 km dentro do
planejado, com 47min22s. Nessa passagem, colei em dois “colegas” de assessoria esportiva, o Adriano e o Willian, que tinham a mesma pretensão de conclusão da maratona. Corri sorrateiramente mantendo uma distância de menos de um metro. Algumas vezes, sentiam a minha presença e olhavam para trás. Por volta do km 15, identifiquei-me e pedi permissão para acompanhá-los. E assim, seguimos.
Durante o percurso da Maratona de POA
Tudo estava dentro do planejado com o corpo respondendo de forma surpreendente. Em alguns pontos ensaiávamos uma conversa, mas logo retornávamos o foco para a prova. Passamos no km 20 com o tempo de 1h34min46s. E olha só: esses 10 km foram percorridos apenas um segundo a mais que os primeiros 10 km, 47min23s. Atingimos a metade da prova com 1h39min25s, com previsão de término em 3h20min.
O clima permanecia agradável. Por isso, optei apenas por hidratar sem jogar água no corpo para não encharcar a roupa. No km 25, fiz a segunda ingestão do sachê de sal e o terceiro de carboidrato. Mantínhamos o ritmo que variava bem perto do planejado, mas sem fazer força. Estava concentrado, com boa postura e o corpo respondendo bem ao esforço. Passamos pelo km 30, com 2h22min24s, com 47min32s nesses 10 km. Continuava com uma excelente média para cada 10 km de prova.
A partir dessa distância, senti os primeiros espasmos na panturrilha direita. Avisei aos amigos para o caso de ter que abandoná-los se o pior acontecesse. Ingeri mais um sachê de sal e a possibilidade de cãibra foi adiada. Melhorei o ritmo, passando a correr mais rápido. A ideia era seguir a estratégia de corrida, de correr os 12 km finais bem abaixo de 4min50s/km. Se as cãibras retornassem pelo menos já estaria mais próximo da chegada. A jornada não foi fácil. Vez por outra as contrações na musculatura passaram a ser nas duas pernas. Aliviava o ritmo e assim que as contrações diminuíam, eu seguia firme. No km 35, ingeri o último sachê de sal e permaneci lutando para manter o ritmo. Apesar disso, estava com a respiração controlada e sentia que o corpo poderia ir mais forte, mas as panturrilhas faziam ressalvas.
Chegada na Maratona de POA 2014
Finalizei o km 40 com 3h09min47s. Nesses 10 km finais, apesar das cãibras, foi a melhor média,
47min12s. À medida que me aproximava da linha de chegada, as cãibras se intensificavam. Mantive a calma e um ritmo de 4min44s nos dois últimos quilômetros embalados pelo som de Ivete Sangalo e cruzei a linha de chegada em 3h21min57s. A melhor maratona da minha vida. Axé, Porto Alegre!
Sábado, véspera de maratona, é dia de massa. Dessa vez, o tradicional jantar de massas pré maratona ficou por conta do nosso amigo Flavio Masi. O “chef de cozinha” preparou uma variação de massas com penne e espaguete que estavam saborosas. O jantar foi regado a muita conversa, especialmente, sobre maratonas.

O objetivo de ingerir massa em véspera de provas longas é porque ela é excelente fonte de carboidratos. A maior parte dos carboidratos é
armazenada como glicogênio nos músculos e no fígado. O glicogênio é a
forma de energia mais acessível, mas não é a única. Entretanto, ela é mais eficiente que a gordura.
Em dia de véspera de maratona a ansiedade é visível. Por isso, acordei e
fui logo dar uma corridinha leve de 30 minutos para soltar a musculatura e
aliviar a tensão. Foi um santo remédio. Logo depois do café, fui fazer um
reconhecimento da cidade, o famoso maraturismo. Mas como de costume evitei
longas caminhadas, pois, havia contratado um guia com transporte para o
passeio. Assim foi possível circular sem cansar o corpo. Um pouco de mordomia
para quem vai encarar uma maratona no dia seguinte, pode. O que não pode é
esquecer da hidratação e da alimentação.
O período da tarde foi destinado para preparar o que será levado para o
evento. Trata-se da vestimenta que será usada na prova, colocando os números na
camiseta (frente e costa) e roupas secas para trocar após cruzar a linha de
chegada. O chip não pode ser esquecido, já foi separado e colocado na mochila. Uma
dica para quem não tem acompanhante é chegar com antecedência no local da
largada para deixar o material que não será utilizado no guarda-volume.
Como o seguro morreu de velho é bom separar um agasalho e uma capa de
chuva para se proteger do frio ou da chuva, no momento da largada. É que a
previsão do tempo é de temperaturas amenas pela manhã. Outra recomendação é
levar frutas para um pequeno lanche pós-café e pré-largada. Como a largada é às
sete da manhã é provável que você não encontre um local funcionando para
comprar.
Nas andanças pelo mundo, ou melhor, na correria, já usei chip de cronometragem no tênis, no número do peito e pela primeira vez no pulso. Trata-se do chip de cronometragem da Maratona de Porto Alegre. É uma pequena peça em formato retangular com um elástico envolto para prender no pulso, como uma pulseira. Talvez, a opção por esse formato de chip esteja relacionado com as provas de revezamento que acontecerão juntamente com a maratona. É mais fácil fazer a troca da pulseira entre os componentes da equipe. Como ainda não tinha visto, faço o registro.

Observando o percurso através do painel fica fácil cruzá-lo. É o tempo de um clique. Bom, no dia da prova vai ser diferente. Pelo menos posar para foto não cansa.

Apesar de estar na 31a. edição, apenas pela segunda vez acontece a EXPO – feira da Maratona de Porto Alegre. Um espaço reduzido e com poucos produtos em exposição. Há stands com exposição de produtos de uma marca conhecida no mercado de corridas, espaço para o teste da pisada e dessa vez camisetas personalizadas da prova. De qualquer forma, dá para renovar o guarda-roupa.
Pouca gente compareceu pela manhã para retirar o kit da Maratona de Porto Alegre. A tendência é que a partir desta sexta (16/05) a grande da maioria dos atletas que vem de outras regiões do Brasil e dos países sul-americanos comecem a chegar na cidade e as filas aumentem pra valer. Por isso, o atendimento estava ágil, eficiente e sem tumulto.
A fila se dispersava rapidamente.

O KIT
O kit é composto de uma sacola personalizada contendo os números da corrida (frente e costa), o meu é 1404, chip de cronometragem à ser colocado no pulso, camiseta da prova e um boné.A entrega do kit está sendo
feita no Jockey Club.

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