Correr em ritmo
constante durante uma maratona é uma estratégia que todo corredor gostaria de cumprir.
Entretanto, não é uma tarefa das mais fáceis. Mesmo para os mais experientes, o
ritmo planejado pode sofrer algumas variações. O problema é que, caso o ritmo sofra
grandes oscilações, pode provocar um aumento do gasto energético e prejudicar o
rendimento do atleta para a parte final da maratona.
Segundo especialistas
em treinamento esportivo, para que o “marathon runner” obtenha uma economia de
esforço com a consequente redução do gasto energético é necessário uma variação
mínima no ritmo de prova compreendida entre 2% para mais ou para menos. O que
significa que, caso o ritmo oscile acima ou abaixo desse valor, haverá um
dispêndio maior de energia que muito provavelmente levará o atleta a ter
dificuldade em manter ou aumentar o ritmo nos quilômetros finais e decisivos da
maratona.
Maratona de Buenos Aires 2011

Por exemplo, para quem pretende
correr uma maratona no ritmo de 4min50s/km, a variação mínima está
compreendida entre 4min45s/km e 4min55s/km, ou seja, o pace pode oscilar na
casa de 5 segundos para mais ou para menos. A metodologia funciona para provas
com altimetria plana e com condições favoráveis de clima. Em situações de
percursos com muitas subidas ou descidas e com temperaturas elevadas, os
especialistas aconselham, por medida de segurança, uma variação superior a 5%.

A intenção dessa
estratégia é a manutenção de um ritmo competitivo e, ao mesmo tempo,
possibilitar ao atleta economia de energia para os momentos difíceis da prova,
principalmente, do km 30 ao 35, quando aparece o chamado “muro” da maratona. Para
os iniciantes é uma forma de poupar energia e fazer bonito logo na estreia.
Para os mais experientes, afoitos em melhorar o a sua melhor marca, ajuda a
manter um ritmo competitivo nos momentos finais dos 42 km.

Deixe o seu comentário!