Correr faz parte da
minha vida. Por isso, sempre que posso, expresso minha idade em quilômetros.
Uma simbologia necessária para designar o quanto gosto de correr.

Por mais que eu
tente, não encontrarei uma razão que justifique essa paixão pelo ato de correr.
Não tenho DNA de corredor. Meus antepassados o mais próximo do esporte que
estiveram era quando brincavam pelos rios amazônicos ou lutavam para extrair
alimento deles. Saber nadar, portanto, era uma questão de sobrevivência.
Para começar, não sei
nadar. O que afasta de mim a possibilidade da aplicação da teoria da evolução
como animal nadador. Uma crueldade genética ao ponto de intrigar amigos que não
se contentam com minha inabilidade na água morando a poucos metros do rio
Amazonas. O que posso afirmar de minha herança genética, referente a água,
restringe-se ao paladar acurado em degustar peixe.
Por outro lado, desde
muito cedo desenvolvi o hábito por correr. No inicio, era apenas brincadeira de
criança e permaneceu até os 18 anos. Depois, retornei aos 30 e, desde então,
não mais parei. Talvez, em função da limitação como nadador, tenha desenvolvido
a habilidade de correr. Na natureza é assim, há uma compensação. Sem saber
nadar e ruim das pernas não poderia ter uma carreira esportiva, já que ambas
são atividades básicas para qualquer esporte.

Ninguém pode negar os
benefícios que o ato de correr tem me proporcionado ao longo desses anos. Corpo
mais enxuto, excelente condicionamento físico e melhor qualidade de vida. Além
disso, permitiu conhecer outros países, culturas,
histórias, uma infinidade de coisas que dificilmente, através de outro esporte,
conseguiria realizar.
Correr é acima de
tudo uma questão de atitude. Não quero morrer vendo a vida passar. Por isso,
estar ativo é uma questão de sobrevivência.

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