Causa incômodo em algumas pessoas minha preferência em comemorar meu aniversário correndo maratonas. Não sei dizer ao certo o porquê disso, mas em geral, classificam essa mania como um “programa de índio”.
Não há dúvida de que essa visão é uma forma pejorativa de encarar meu estilo de vida. Aliás, antes de mais nada, entendo com um desrespeito aos nossos ancestrais indígenas, vincular o termo a algo negativo, que não dá certo e que não merece crédito.
Primeiramente, vou esclarecer o que a corrida fez, tem feito e continua fazendo pela minha saúde física e mental. Correr é acima de tudo uma questão de atitude. Não quero morrer vendo a vida passar. Por isso, estar ativo é uma questão de sobrevivência.
Ninguém pode negar os benefícios que o ato de correr me proporcionou ao longo desses anos. Corpo mais enxuto, um excelente condicionamento físico, melhor qualidade de vida, estresse controlado, compartilhamento de experiências com outras pessoas, aumento significativo do circulo de amizade, entre outras coisas.
Além disso, aliar corrida e viagens foi uma das atitudes que reputo como mais benéfica para minha vida. Proporcionou conhecer outros países, culturas, histórias, uma infinidade de coisas que dificilmente, através de outro esporte, conseguiria realizar.
Visita ao Palácio de Versailles no dia do meu aniversário
E mais, reafirmo que passar meu aniversário em Paris foi algo muito próximo daquilo que designamos como “felicidade”. Uma alegria sem tamanho. Um dos momentos mais marcantes da minha vida.
Portanto, no dia em que rendemos homenagens aos nossos indígenas, é justo desfazer o mal entendido do termo “programa de índio”. Na minha cabeça, se o que faço pode ser classificado dessa forma, então, considero com algo positivo, desprovido de preconceito e extremamente prazeroso. Se os termos evoluem e se modificam com o tempo, está na hora de relacionar esse programa como que fazemos de melhor na vida. Até porque, como diz a música “todo dia é dia de índio”.

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