Durante muito tempo fui atormentado por noites de insônia. Não conseguia deitar na cama e em seguida dormir. Rolava de um lado para outro e quando pegava no sono profundo já estava na hora de levantar.
Na época de estudante achava isso bom. Afinal, o dia ter 24 horas para estudar era pouco. Precisava de mais tempo e por isso, varava a madrugada nos livros. Dormia em torno de quatro horas por dia. Mas isso não incomodava e nem prejudicava o cumprimento de minhas tarefas diárias ou mesmo de bater uma bolinha no futsal. Nos finais de semana, entretanto, dormia pra valer, sem ter hora para acordar.
Na minha atividade profissional dentro da perícia criminal, o grosso do trabalho era durante os plantões. Passava a noite sem dormir direito, fosse pela ânsia de ser chamado na madrugada fruto de alguma ocorrência policial, fosse pelo infortúnio de dividir o alojamento com colegas de trabalho com rituais para dormir bem distintos. Alguns só dormiam com a TV ligada; outros com a luz acesa; alguns com ar condicionado desligado… Era uma infinidade de manias. Ao final de tudo, ninguém dormia.
  
Por conta do déficit de sono, há algum tempo atrás, cheguei a tomar remédios para combater a insônia. Tinha um pouco mais de uma hora de sono profundo. Essa foi uma constatação observada em um Monitoramento da Pressão Arterial (MAPA) que anualmente faço, desde 2002.
Atualmente, tenho sono regular e de melhor qualidade. Durmo em torno de sete a oito horas diariamente. O crédito vai para minha atividade física diária: a corrida. Não sou médico ou especialista no assunto, mas não há como negar os benefícios de uma boa noite de sono. É nesse momento que se recarrega as baterias e o hormônio do crescimento atua para restaurar as fibras musculares.
Acordar bem disposto é o primeiro passo para iniciar a jornada diária e enfrentar às adversidades da vida.

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