DIA 30/12/2009

A VIAGEMSaímos (eu e a Ana) de Franca-SP às 0h30min para Sampa. Durante a viagem choveu bastante, o que ajudou no sono. Não saímos para o lanche, pois, nem vi quando o ônibus parou. Chegamos na Rodoviária do Tietê seis da manhã. Tomamos o café e combinamos a rota, pois, teríamos que buscar o kit da corrida e fazer o check-in no hotel.
RETIRADA DO KIT DA CORRIDAChegamos ao ginásio do Ibirapuera às 8 horas. O início da entrega do kit ocorreu às nove. Recebi a numeração (12481), a camiseta da corrida e o chip. Passeamos pela feira do evento e os preços estavam bem mais caros em relação ao ano passado. Havia uma feira não-oficial ao redor do ginásio, com preços mais convidativos, mas a Guarda Metropolitana, o “rapa” como se diz na 25 de março, veio e recolheu tudo. Iniciamos a caminhada rumo ao hotel, seguindo o mapa elaborado no Google maps, que funcionou direitinho.
CHECK-INNesse ano, não consegui vaga nos hotéis da Av. Paulista e nem no Formule 1 da Consolação, onde nos hospedamos em 2008. Por sorte, o Formule 1 – Jardins, não só tinha vaga, como o preço estava bem abaixo dos outros hotéis. Ele fica um pouco mais de vinte minutos do local da largada, a pé, o que não dificultava a nossa ida a Paulista.
DIA 31/12/2009
O COMBUSTÍVELAcordamos às seis da manhã e fomos ao café, de acordo com as orientações da nutricionista: suco de laranja, pão integral, queijo e banana. Às nove, lanche, fruta e suco. O almoço foi às onze, com uma porção de macarrão, feijão, salada crua e frango. Duas e meia da tarde, novo lanche com suco e biscoito integral. O tanque estava abastecido de combustível para a corrida.
CHEGADA NA PAULISTASaímos do hotel às 15 horas, e de táxi, 10 minutos depois estávamos na Av. Paulista, onde já havia uma grande concentração de atletas. Passeamos pelo local e às quatro da tarde, saí para ir ao banheiro e iniciar o aquecimento.
O AQUECIMENTOFiz os alongamento de práxis e pequenas corridas de cerca de 20 metros. Trinta minutos depois, ingeri um gel de carboidrato e fui posicionar-me na pista para a largada.
A ESTRATÉGIA DE CORRIDAA estratégia programada era de correr os 3 primeiros quilômetros na casa dos 5min a 5min30s/km, sem exagerar na descida da Consolação. Do km 4 ao km 12, correr no pace entre 4min30s e 4min40s, controlando o ritmo nas subidas e acelerando na parte plana. E finalmente, na parte mais difícil da prova, tentar manter o ritmo na casa dos 5min a 5min30s/km na subida da Brigadeiro e nos 500 metros finais, acelerar para fazer um tempo entre 1h10min e 1h15min.
A LARGADAOs termômetros marcavam 32 graus e o calor estava forte. Normalmente, a largada da São Silvestre é tumultuada por centenas de pessoas que levam faixas e cartazes para aparecerem na TV. Ninguém consegue correr, apenas caminhar. Ao passar pelo pórtico, acionei o cronômetro e iniciei a corrida.
A PROVANo início é necessário ter jogo de cintura para desviar de um de outro. Não há espaço para ultrapassagens e o melhor é usar as laterais da via. É impossível imprimir o ritmo planejado. É preciso ter paciência.
Saímos da Av. Paulista e entramos na rua da Consolação e vem a placa do primeiro quilômetro. O cronômetro marcava 5min50s. Esse trecho é de uma descida e procuro manter o ritmo para não sofrer as conseqüências na subida da Brigadeiro. Completo o segundo quilômetro com 11min20s, ou seja, 5min30s. Continuando acima do programado. Mantenho a calma. Atingimos a Av. Ipiranga (km 3) e completo o primeiro trecho (do meu planejamento) com 16min20s, apenas 10 segundos acima do planejado.
Do km 4 ao km 9, passei a imprimir um ritmo mais forte, com o tempo variando entre 4min30s e 4min40s por km, totalizando no cronômetro 43min35s, média de 4min50s por km. Nesse momento já havia passado pela Av. São João, Elevado Costa e Silva, Av. Norma Gianotti até a Av. Rudge e havia consumido um gel de carboidrato no km 7.
A partir da descida da Av. Rio Branco, comecei a sentir um cansaço excessivo. O calor estava forte e sem qualquer ventilação para aliviá-lo. Percorri o km 10 em 5min30s. O meu tempo de prova já era 49min05s. Continuei com o ritmo caindo. No Largo do Paissandú com 54min10s, indicava que percorri esse quilômetro, um pouco acima dos 6 minutos. Na subida do viaduto do Chá, já no km 12, o cansaço persistia e o ritmo continuava caindo, dessa vez, percorri o quilômetro em 6min35s. Cheguei a pensar no pior, mas mantive a calma e procurei coordenar a respiração com as passadas lentas e pouco depois, o ritmo foi melhorando, entretanto, me aproximava do trecho mais difícil da prova, a subida da Brigadeiro.
Inicio a subida da Brigadeiro me sentindo bem melhor e com o ritmo melhorando aos poucos, graças ao posto de hidratação, onde peguei dois copos de água, me hidratei e refresquei a cabeça. No km 13, o cronômetro marcava 1h06min45s e continuava subindo a Brigadeiro. Nesse ponto da prova, muita gente andava e deixava evidente o cansaço e a quase exaustão. Meu ritmo melhorava e aumentei um pouco mais a velocidade. Na passagem pelo km 14 preferi não olhar no cronômetro, para não entrar em desespero. Finalmente, concluo a subida e vejo a multidão de pessoas na Av. Paulista, gritando, torcendo e incentivando os atletas. Tive forças para experimentar um sprint final e passei pelo pórtico da chegada com o tempo de 1h16min58s, média de 5min07s por quilômetro. Tempo bem melhor do que o conquistado em 2008, quando fiz 1h20min25s, baixando em 3min35s.

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