Existe um ditado que diz que tudo que acontece uma vez poderá nunca mais acontecer, porém, se acontecer duas vezes é provável que aconteça mais vezes.
Quem não lembra do que aconteceu com o atleta brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima nas Olimpíadas de Atenas, em 2004? Liderava a prova da maratona quando foi agarrado por um “tresloucado-fanático-religioso” chamado Cornelius Horan. Vanderlei conseguiu se desvencilhar com a ajuda de uma pessoa que assistia a prova e terminou em terceiro lugar, num dos momentos mais marcantes do esporte brasileiro.
Neste domingo (06/01), assistia a Corrida de Reis pela TV, quando o “filme” se repetiu. Um cidadão repentinamente atravessa a rua e agarra o queniano Edwin Rotich, que liderava a prova. O atleta foi ajudado pelos batedores da Polícia Militar e mesmo bastante assustado, conseguiu retomar o pique e vencer a corrida.
Muito bem. Fico imaginando se essa moda pega. Vai ser um tal de agarra atleta pelo mundo afora ou um caça-quenianos, afinal, eles lideram provas em todos os continentes.
Considero o público que acompanha as corridas de rua um dos mais educados dentro do esporte. Dificilmente, invadem o espaço reservado aos corredores. Não xingam, ao contrário, incentivam. Ajudam, oferecendo água, alimentos. São solidários, no caso de uma emergência. Tratam os atletas como celebridades.
É claro, que o Cornelius Horan não tirou o brilho das Olimpíadas de Atenas e tão pouco, o cidadão de Cuiabá, o da corrida de Reis, mas como o ditado está virando profecia é bom os organizadores de provas começarem a pensar numa alternativa para tentar coibir essa prática. É que, o que acontece uma vez…
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Crédito da foto: globoesporte.com

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