A década de 1980 foi
o período da minha adolescência e da minha melhor fase no mundo das corridas. Treinava
com frequência e participava das pouquíssimas provas que eram realizadas, tanto
em Macapá, quanto em Belém. Entretanto, na oportunidade, o que mais nos
preocupava era a possibilidade de um final trágico para o mundo, através de uma
explosão nuclear. Era o auge da guerra fria e as ameaças recíprocas das duas
potências mundiais, Estados Unidos e União Soviética, aterrorizavam a todos.

Praticar exercícios físicos faz bem para o corpo e a mente
Trinta anos depois,
nem o mais otimista dos cientistas poderia prever que as pessoas estão mais
perto de desaparecer pelo cruzar de braços do que propriamente de um caos
nuclear. Uma espécie de autodestruição. É que mesmo sabendo dos perigos de uma
dieta rica em sal e gordura, do consumo excessivo de álcool, tabagismo,
obesidade, estresse e sedentarismo, as pessoas não afastam esses fatores de
risco.
As estatísticas não
nos deixam mentir. Dados publicados no livro “Comer, treinar, dormir”, de autoria da médica Samira Layaun,
mostram que no Brasil 30% da população não praticam atividade física e são consideradas
sedentárias. Como reflexo disso, cerca de 43,4% das pessoas estão acima do peso,
mais de 30 milhões são hipertensos e outros 14 milhões são portadores de diabetes.
O fato é que não há
fórmula mágica. Gestos simples como adotar um estilo de vida saudável, com exercícios
físicos e alimentação adequada, podem ser o melhor remédio para salvar o mundo
das doenças da vida moderna.

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