A emoção de quem correu pela primeira vez a maior, melhor e mais esperada corrida de rua do Brasil: a SÃO SILVESTRE – o sonho de consumo de todo corredor.
Por Ilza Facundes
Ao chegar a Av. Paulista, depois de subir, a pé, dois quarteirões da Av. Brigadeiro Luis Antonio (lado inverso da corrida), me vi envolvida pelo acontecimento que é a São Silvestre, segui mais uns três quarteirões pela Paulista (aproveitei para fazer uma caminhada mais acelerada para aquecer a musculatura) até o Parque Trianon, local de encontro com a Equipe. Enquanto esperávamos a hora da largada, aproveitamos para tirar fotos com o os corredores fantasiados e apreciar a paisagem humana ali reinante.
Faltando cinco minutos para largada começamos a nos posicionar. Quando o relógio marcava pouco mais de 9h tocou a buzina da largada e começou a música composta pelo grego Vangelis, tema do filme Carruagens de Fogo. Veio aquele friozinho na barriga, nem consegui desejar boa corrida aos amigos, parece que só nesse momento caiu a ficha e pude me dar conta do presente que era está ali naquele momento, acabei acionando o cronômetro antes de passar pela esteira.
Segui tentando manter um ritmo fácil, pois o bom senso me dizia que deveria fazer isso, a ideia sempre foi a de curtir a prova, mas, que deu vontade de dar uma acelaridinha, há, isso deu. Mas consegui manter o ritmo, com cuidado nas descidas. Teve um perímetro que sol esquentou e me lembrei do calor de Macapá, aí pensei, estou acostumada com isso.
Ilza e Pedro
Amei passar pelo Largo do Arouche, vibrei com as gritarias no túnel e vibrei mais ainda, quando consegui cruzar com a Eliziê e a Maria José, o que aconteceu por diversas vezes durante o percurso.
Depois do km 12, deduzi que a “famosa” Brigadeiro estava chegando, várias vezes me perguntaram nas subidas que se sucederam se aquela já era a Brigadeiro (cerca de 2 km de aclive). Posso dizer que foi emocionante ouvir a gritaria “brigadeiro, brigadeiro, brigadeiro” ao entrar na respeitada e temida Avenida. Disse para mim mesma, “Brigadeiro ai vamos nós” e fui! Não caminhei em nenhum momento, só diminui um pouco mais o ritmo.
Ao chegar a Av. Paulista me dei conta que a Brigadeiro tinha ficado para trás, e o cansaço parece que também ficou, ou seja, se foi! Ai veio a vontade de curtir um pouco mais o que já estava acabando, saborear cada minuto final, mas o pórtico de chegada já estava ali bem a minha frente, esqueci do sprint, esqueci do relógio, só quis saborear essa sensação gostosa de ter conquistado algo mais em minha vida, a medalha no peito, o abraço dos amigos eternizam esse momento único, único porque mesmo que venha correr outra São Silvestre, com certeza não será igual a primeira.

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