A combinação álcool e direção é uma triste realidade no nosso país. Não tem fronteiras, classe social, raça ou qualquer outro elemento caracterizador do indivíduo. Dessa vez, a tragédia ocorreu dentro do campus da USP, em São Paulo. Um motorista bêbado, sem carteira e em alta velocidade atropelou cinco corredores (3 homens e 2 mulheres) que faziam suas atividades físicas nas ruas da universidade. Álvaro Teno, 67 anos, veio a falecer e as outras vítimas sofreram lesões graves.

Homenagem do Adriano Bastos ao Alvaro Teno
Não há como não relacionar o fato com as circunstâncias do acidente do nosso amigo Roberto Fernandes – o Bob: motorista bêbado, dirigindo em alta velocidade, enquanto as vítimas praticavam esporte. Tal qual a indignação e revolta do Adriano Bastos que registrou em sua página no facebook, nós, amigos do Bob, também ainda não digerimos e aceitamos a forma idiota, brutal e irresponsável de como aconteceu o seu “acidente”.
Tão forte quanto o sentimento de perda, saudade e de ter que se acostumar em conviver com sua ausência é a sensação de impunidade. Isso não é porque aconteceu com um amigo, mas é um sentimento que carrego desde que ingressei na Polícia Técnico-Científica do Amapá, há 22 anos atrás. O cidadão comete barbáries no trânsito e pouco tempo depois vai estar livre e pronto para ser protagonistas de novos episódios  de tragédias no trânsito.
Não sei se por quanto tempo a sociedade vai esperar para reagir contra essa “guerrilha urbana”. Pois é assim mesmo, dessa forma que deve ser encarada. Um carro é tão ou até mais letal quanto uma arma de fogo, pois as estatísticas comprovam que a violência no trânsito é a segunda maior causa de mortes no país, na frente, inclusive, dos homicídios. 
Por isso, minha gente, com todo o respeito ao legislador, não dá para aceitar que foi um acidente. Vejam as estatísticas. Não foi acidente! Se Isso não for homicídio, o que será então? 
Aproveito para registrar minha solidariedade aos famílias e amigos das vítimas dessa tragédia humana.

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