Muitos
treinadores de corrida prescrevem uma rodagem entre 32 a 36 km como o pico da quilometragem
a ser seguida nos longões preparatórios para maratonas. Não há um consenso da
distância ideal a ser seguida, mas há uma preferência pelos 32 km. Por outro
lado, o que não se pode negar é que as altas quilometragens são necessárias para
melhorar a resistência física, a tolerância mental e também para dar confiança
ao atleta.
Fisiologicamente,
os treinos longos ajudam a melhorar a utilização de gordura (ácidos graxos)
como fonte de energia nas maratonas. Segundo o treinador Luciano Andrade, o consumo
de glicogênio (carboidratos) numa maratona é de 700g, medida superior a
capacidade de estocar do organismo e utilizar como fonte de energia. Em função
disso, o uso da gordura é necessário para essas provas, pois, de 10 a 50% da
energia utilizada provém dessa fonte.

Adoto a
realização do longo de 32 km duas semanas antes da prova. Assim foi feito nas
preparações anteriores para as maratonas, conforme pode-se verificar a seguir:
•15/05/2010 – 32 km
em 3h59min45s (Maratona de Estocolmo 2010)
•21/05/2011 – 32 km
em 2h52min20s (Maratona de São Paulo 2011)
•10/09/2011 – 32 km
em 3h31min37s (Maratona de Buenos Aires 2011)
•23/03/2013 – 32 km
em 3h02min (Maratona de Paris 2013)
•21/09/2013 – 32 km
em 2h57min28s (Maratona de São Paulo 2013)
•26/04/2014 – 32 km
em 2h49min25s (Maratona de Porto Alegre 2014)

Apesar
de não ter sido tão eficiente no treinamento dos 32 km para a Maratona de
Buenos Aires, foi nela que obtive o melhor rendimento, que é meu recorde
pessoal nos 42 km, 3h25min31s. Isso é um indicativo de que os treinos longos
devem primar por ritmos mais conservadores.

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