O céu desabou em água nessa manhã em Macapá. Parecia um dilúvio. Era tanta água que estava difícil enxergar pelo para-brisa do carro. Mesmo assim, não desisti. É que acordei invencível e com muita vontade de correr.
A razão para sentimentos tão positivos logo cedo se deve ao fato desse treino ser especial. É o mais longo de todos: 32 km. Treinadores sugerem que a maior quilometragem de treino para uma maratona seja no máximo 35 km. O Adriano Bastos adota 32 km como distância base para seus atletas.
Depois desse treino haverá uma redução tanto na intensidade quanto no volume das atividades. No próximo sábado, serão 22 km para encerrar os treinos longos. Depois, bastante repouso, viajar e correr.
Utilizei o mesmo percurso dos treinamentos anteriores, com exceção da distância. Saí às 5 da manhã contando com a parceria do Brazão. No começo, pegamos a chuva de frente que batia forte no rosto.  Incomodava e dificultava a visão. Tínhamos que correr com a cabeça baixa.
Logo nos primeiros quilômetros, já percebemos que a cidade não é à prova d’água. As ruas estavam alagadas e achamos por bem reduzir o ritmo para não sermos surpreendidos pelos buracos que tomam conta de nossas ruas.
Quando nos aproximamos do monumento do Marco Zero, parecia que o rio Amazonas tinha invadido as ruas. A água atingia nossos joelhos. Tivemos que caminhar sem saber onde estávamos pisando. Mesmo assim, continuamos.
A chuva intercalava momentos intensos e leves, mas não passava. Atingimos 16 km às proximidades da ponte do Igarapé da Fortaleza. A partir daí, fizemos o caminho de volta. Fora os momentos em que tivemos que reduzir o ritmo por conta do alagamento da rodovia, mantivemos um bom ritmo.
Concluímos o treino de 32 km em 3h02min. Os dados foram registrados no GPS da Soleus. O ritmo ficou em 5min41s/km e a velocidade média em 10,6 km/h.
Faltam 15 dias para a Maratona de Paris.

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