Quando se trata de uma corrida com trajeto curto, uma boa dica é fazer o percurso, pelo menos duas semanas antes da prova. A ideia é simular o dia da corrida, para se ter elementos para uma boa estratégia no dia “D”. E, é claro, sentir na pele os pontos críticos do percurso.
Com vistas à Corrida do MP e atendendo ao convite dos amigos Adenilson e Brazão (dois quenianos às avessas), resolvi aceitar essa empreitada. Combinamos de fazer o percurso da prova nesta segunda (26/11). Optamos por iniciar o treino bem cedinho, devido ao trânsito louco no horário previsto para a largada da corrida, programada para às 7 da manhã.
Partimos da Av. FAB às 5h34, em direção a residência do governador e dobramos à direita na Rua Cândido Mendes. Em frente ao Teatro das Bacabeiras, completamos o primeiro quilômetro, de trecho plano, num ritmo de 4min13s. A partir daí, há umas descidas discretas que ajudam a manter o ritmo. O primeiro obstáculo aparece ainda na Rua Cândido Mendes, no cruzamento com a Av. Coaracy Nunes. São 100m de uma subida discreta.
Logo após essa subida, outro declive, na área de estacionamento do Parque do Forte. Seguimos para entrar no trecho da orla do rio Amazonas. Na primeira rampa da orla (sentido Centro/Araxá) atingimos o km 2, com ritmo 4min12s/km e tempo total de 8min25s. O trecho da orla é plano e resolvemos dar mais uma “esticadinha”. Nosso amigo Brazão percebeu que o ritmo estava forte e resolveu reduzir a velocidade e guardar suas energias para o restante do percurso.
Eu e o Adenilson continuamos juntos e entramos na Av. Pedro Lazarino para completar o terceiro quilômetro num ritmo de 4min07s/km e tempo de 12min32s. Logo adiante, tem uma subida curta, mas íngreme, com cerca de 90 m de extensão. Procuramos manter o ritmo, mas ao cruzarmos a Rua Odilardo Silva, senti o esforço e fui segurando até dobrarmos na Rua Jovino Dinoá. Consegui manter-me na cola do Adenilson até a Escola Amapá, quando ele imprimiu um ritmo ainda maior. Como estávamos com dois GPS’s, cada um monitorou seu rendimento adequadamente.
O meu pace caiu um pouquinho. Passei pelo km 4, na Praça da Conceição com ritmo de 4min26s/km e tempo de 16min58s. Reduzi a velocidade e trabalhei a respiração para tentar renovar as energias. Seguindo na Rua Jovino, antes de dobrar na Av. Padre Júlio, há um declive de cerca de 70 m. Imediatamente após esse declive, entrando na citada avenida, uma subida íngreme e poderosa, dá as boas-vindas e avisa que estamos no km 5. Como esperado, o ritmo passou para 4min31s/km e o tempo de corrida atingiu 21min29s.
Consegui sobreviver após essa subida, porém, o ritmo despencou. Dobrei na Rua Hamilton Silva, trecho todo plano, e prossegui já tentando buscar forças para o quilômetro final. É que no km 6 o pace foi de 4min54s/km e tempo total de 26min23s.
Entrei na Av. FAB com o pensamento de retomar o ritmo e tentar dar um gás final, para melhorar o tempo, já que esse trecho final é todo plano. Consegui correr num pace de 4min18s e completar o treino em 30min41s.
Imagem do percurso da Corrida do MP realizada pelo Garmin
O treino finalizou com Adenilson marcando 29min42s e ritmo de 4min10s/km, entretanto, o GPS da Soleus, que ele estava usando no treino, mediu 7,1 km. O meu tempo foi de 30min41s, pace de 4min23s/km, porém o GPS Garmin mediu 6,98km. O Brazão fez 32min05s, com ritmo de 4min34s/km.
O treino foi importante para ajudar a prever um ritmo ideal para o dia da prova. É que as subidas enganam. Elas não são tão extensas, mas dependendo do ritmo pode prejudicar o planejamento de toda a sua corrida. Então, cuidado com elas.

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