No treino “off road” de
domingo (19/01), apesar de não conhecer o percurso da trilha, tinha a intenção
de cumpri-lo num pace de 4min40s/km. No primeiro quilômetro, pelo menos duas
subidas íngremes, fizeram-me mudar a estratégia de ritmo. Pensei num moderado
para estudar o caminho, durante os sete primeiros quilômetros, e na volta, de
acordo com o que sobrar de combustível no tanque, tentar algo mais forte. Uma
espécie de Split negativo.
Pouco acostumado ao ambiente
hostil de trilhas, adepto da corrida urbana, correr em ritmo competitivo em subidas
e descidas íngremes com deformidades na pista, piçarra solta e trechos em lama,
seria um grande desafio, principalmente nesta etapa inicial de treinamento, com
foco no trabalho de base.
Em que pese a dureza
do percurso, consegui uma discreta melhora no trecho de volta. A primeira parte
cumpri em 36min02s, pace de 5min08s/km e os 7 km finais em 35min38s, num ritmo pouco
mais rápido de 5min05s/km. Os 14 km, portanto, foram concluídos em 1h11min43s e
ritmo final de 5min07s/km.
Para quem ainda não
está acostumado com “split negativo
é o termo utilizado para designar quando se faz a segunda metade de prova mais
rapidamente que a primeira. Muitos atletas de elite utilizam essa estratégia em
maratonas, correm a primeira parte segurando o ritmo e partem para o tudo ou
nada na segunda metade, mas obviamente que se preparam isso.
Uma dica de
treinamento para adotar o Split negativo como estratégia em maratona, segundo o
educador físico e treinador Marcelo Augusti, é dividir os treinos longos em
duas partes, sendo que na primeira o ritmo fique 5% menor que o ritmo de
competição e, na segunda, correr no pace pretendido para a prova.

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