Todo corredor tem o gene da competitividade. Algumas vezes fica escondido. Em outras, mantido sob controle. Mas está sempre pronto a se manifestar ao menor sinal de uma melhora no condicionamento físico.
Para muitos, ser competitivo é uma forma de manter a motivação em alta. Um estímulo para treinar e cumprir a exaustiva rotina, principalmente, para os que correm maratonas que exige um bom condicionamento físico, força de vontade, disciplina e muita dedicação. Além disso, é necessário uma vida sem excessos, com alimentação saudável e cuidados especiais com o corpo. É por isso que poucos se aventuram nesse caminho.
O ser competitivo planeja suas corridas buscando tempos expressivos, onde possa fazer marcas melhores e bater seus recordes pessoais. Deixa de correr por recreação e passa a ter uma “compulsão” por correr cada vez mais rápido. Entra no estágio da competição pura.
Por outro lado, é preciso estar ciente de que tudo que é exagerado pode trazer problemas. Para o ser competitivo isso pode vir na forma de lesões, por treinar cada vez mais, ou mesmo, frustrações por não obter o resultado esperado e fracassar depois de tanto esforço. É necessário ter o controle da situação.
A opção por ser mais rápido e competitivo pode ser empolgante e recompensador, mas o ideal é equilibrar todos os elementos que tornam o ato de correr prazeroso. O corredor não tem como foco principal em sua vida a corrida. Treinar, competir e ter um bom condicionamento físico são importantes para se ter uma vida saudável, assim como, ter vida social e profissional, uma boa relação com a família e amigos e atos simples do dia a dia completam nossa vida como pessoas comuns.
Correr pode ser encarado como um ato normal do seu cotidiano tão necessário quanto alimentar-se e fazer a higiene pessoal. Mas, sobretudo, tem que ser algo prazeroso, sem neuras ou pressões por recordes pessoais. A beleza da arte de correr está na alegria que ela pode proporcionar, seja correndo por resultado ou pelo simples prazer de correr. É isso que importa.

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