Quando fiz minha estreia em maratonas, em 2010, em Estocolmo-Suécia, não havia a preocupação com performence. O tempo final não era relevante. O objetivo principal era simplesmente concluir os 42 km do percurso. Dada as circunstâncias em que corri os 15 km finais da prova, com dores musculares e Câimbras, concluí-la foi uma grande conquista.
Já na Maratona de São Paulo, em 2011, a meta era fazer um tempo sub-4h, ou seja, correr abaixo de quatro horas. Com uma boa rodagem, não tinha dúvida que completaria o percurso, mas a perspectiva de fazer um determinado tempo tornou o evento mais desafiador. Com estava bem condicionado fisicamente, fiz uma excelente prova e consegui realizar a meta, concluindo em 3h41min46s.
No segundo semestre de 2011, lancei-me num desafio ainda maior: correr a Maratona de Buenos Aires com a intenção de ser o mais rápido quanto meu corpo permitisse. O objetivo estava centrado na performance. Correr a maratona para fazer um tempo expressivo. E, de fato, isso aconteceu. Foi a maratona da minha vida em termos de rendimento. Apesar de não ter dormido na antevéspera da prova em função do cancelamento dos voos da companhia argentina, o corpo rendeu acima do esperado e quando me dei conta de que poderia obter índice para a Maratona de Boston, já estava nos quilômetros finais. Mesmo assim, cheguei bem perto das 3h20min exigida para minha faixa etária, fazendo um fantástico tempo de 3h25min31s.    
No ano passado, por conta de lesões em períodos próximos das maratonas que pretendia correr, não participei de nenhuma, mas fortaleci a intenção de tentar a tão sonhada qualificação para a Maratona de Boston.
Para 2013, vou fazer duas tentativas com esse objetivo, uma no primeiro, a Maratona de Paris, e outra no segundo, que vai depender do meu rendimento na primeira. Apesar do índice ter ficado mais difícil (3h15min), a sensação é que tenho plenas condições de atingi-lo. A escolha por Paris deve-se ao fato de aliar uma boa preparação com uma data especial em minha vida, meu aniversário. Uma motivação a mais para tornar o desafio ainda mais empolgante. Imagine a emoção de conseguir qualificação para Boston correndo em Paris!

Como já disse, por mais exaustivo que possa parecer esse desafio, se for para sofrer, que seja correndo pelas ruas de Paris.

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