As lesões que são verificadas comumente
entre os corredores dificilmente são geradas apenas por um motivo. “Elas vem de
uma combinação de diversos fatores que podem estar relacionados tanto com o
corredor (fatores intrínsecos – idade, sexo, aptidão física, etc.), como com o
treinamento (fatores extrínsecos – tipo de atividade, condições climáticas,
calçado, etc.). “Os corredores estão sujeitos a inúmeras lesões, que podem ser
divididas em por sobrecarga (‘overuse’) e traumáticas”, explica Phelipe Cintra.
Isso significa que há problemas
genéticos, que não podem ser ignorados. “Porém, todas essas principais
patologias tem, como denominador comum, fatores extrínsecos, que levam em
consideração o despreparo físico do corredor com relação ao tipo de treinamento
executado em relação a sua condição física”, complementa Marcelo Duarte de
Oliveira Alves Tostes.
As lesões por sobrecarga mais comuns são:
●Fasciite Plantar
●Tendinite do Tendão Calcâneo
●Síndrome da Tensão Tibial Medial
●Tendinite Patelar
●Condromalácia Patelar
●Síndrome da Banda Iliotibial
●Lombalgia
●Fraturas por Estresse
As lesões traumáticas mais comuns são:
●Entorse de Tornozelo
●Entorse de Joelho
O que depende de você para ficar longe das lesões:
●Condicionamento muscular
(alongamento/fortalecimento/aquecimento);
●Peso (para cada quilograma de
excesso de peso, há um aumento de três quilogramas de tensões aplicadas em cada
joelho);
●Sinais de pré-lesão (que
corresponde aos sintomas iniciais de dores, mas que podem se transformar em uma
patologia caso o esportista não as trate corretamente);
●Condições do terreno em que é
feito o treino;
●Tipo e estado do calçado
utilizado.
“Todas essas
variáveis, se não estiverem bem controladas, acabam se transformando em lesões
definitivas, que algumas vezes são de fácil tratamento e prejudicam bastante o
rendimento do corredor. É por isso que aquelas dores que vão se intensificando
devem ser avaliadas e tratadas corretamente antes que se configurem”, alerta
Tostes.
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Texto de Julianne Cerasoli
publicado na revista Corredores S/A,
ano 11 – n◦. 124, edição de julho/2013.

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