Tão importante quanto
aquilo com que você se alimenta é a maneira como você se alimenta. As pessoas
não se dão conta de que o momento da alimentação é de extrema importância para
a saúde. É o momento de reenergização máxima do corpo. Um momento sagrado no
qual nosso organismo vai assimilar a própria vida. Temos apenas de oferecer
condições de paz, tranquilidade e repouso para que esse processo vital se dê de
maneira natural e o organismo absorva os nutrientes da melhor maneira possível
para sua subsistência.
É um momento em que a
máquina humana entra num processo muito especial, sem que infelizmente seja
levada a sério pelas pessoas que se alimentam de qualquer maneira e em qualquer
lugar. E, o que é pior, comendo qualquer coisa. Normalmente não se oferecem
condições para que o organismo absorva como convém o fluxo da vida.
O ambiente dessa
operação deve ser fresco, silencioso e tranquilo. Não deve ter nenhum tipo de
poluição – e cabe lembrar que a poluição sonora também é indesejável. Se houver
música, ela deve ser suave, pois afeta o organismo mesmo inconscientemente. O
local deve ser arejado e muito oxigenado, pois nesse momento o organismo
trabalha com carga total. Na verdade, o ideal seria almoçarmos sempre num
jardim repleto de árvores… Mas, se não dispomos dessa incrível possibilidade,
devemos evitar ao máximo frequentar restaurantes em que é permitido fumar ou em
que se cria de forma sarcástica e hipócrita um local para os não fumantes. Como
se o ar não fosse o mesmo a circular dentro do estabelecimento ou como se a
fumaça soubesse ler as placas.
Sabe-se
cientificamente que os males causados aos fumantes passivos são terríveis da
mesma forma. Aqui vale lembrar o livre-arbítrio, segundo o qual quiser que
fume, porém para isso deveriam existir restaurantes para fumantes e
restaurantes para não fumantes.
Mas há que se
respeitar a si e não apenas ao semelhante. Deve-se evitar fumar ao menos nesse
momento tão sério, que é o da alimentação.
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Extraído do livro
“Semente da Vitória”, de autoria do treinador e preparador físico Nuno Cobra,
102ª ed. – São Paulo: Editora SENAC, 2011.

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