Para nós, simples mortais, é dificíl engolir o fato do queniano Geoffrey Mutai correr 42,195 km, fazer um tempo de 2h03min01s, melhor marca do mundo na maratona, e não ser considerado recordista mundial.
O fato aconteceu nesta segunda-feira (18/04) na Maratona de Boston. A Federação Internacional de Atletismo (IAAF), entre outras coisas, alega, principalmente, que o percurso é em linha reta, o que ajudou os atletas, pois a velocidade média do vento foi de 23km/h, a favor deles.
Uma das exigências da IAAF para homologar as provas é que entre os pontos de largada e chegada a distância não pode ser mais da metade da distância da prova, ou seja 21,097km. O fundamento disso é para que o percurso não seja sempre no mesmo sentido.
Mas cá em entre nós: a Maratona de Boston tem mais de cem anos e ninguém havia conseguido uma marca tão expressiva quanto a de Mutai. Ele baixou o recorde da maratona em quase um minuto, 58 segundos para ser exato, num percurso considerado mais difícil que os de Londres, Chicago e Berlim (onde o atual recorde mundial foi homologado).
Deixemos as formalidades para a IAAF: Haile Gebrselassie continua sendo, de direito, o recordista mundial da maratona. Mas para nós, de fato, Geoffrey Mutai é o cara… Recordista moral da maratona.  

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