Por incrível que pareça, é muito difícil fazer as pessoas acreditarem que o nosso corpo não foi programado para ficar doente, salvo, é claro, nos casos em que a genética predomina. Também é difícil fazê-las crer que as doenças, na maioria das vezes, são consequências da adoção de hábitos pouco saudáveis e não ocorrências naturais.
Outra dificuldade é convencê-las de que dificilmente precisamos de remédios; que nosso corpo é dotado de mecanismos de defesa naturais contra a maioria das doenças. Nós só precisamos dar a ele as condições para desenvolver tais mecanismos.
Em um trabalho publicado na Revista Brasileira de Psicanálise, o autor, Fernando Rocha, faz uma menção interessante: cita que “Freud ressaltou, através do filósofo Heine”, que “Deus criou o mundo para não ficar doente”.
Porém, as pessoas dificilmente aceitam isso como verdade. Elas acreditam que, depois dos 40 anos, nossa saúde está fadada ao fracasso e que isso é inevitável. Bem, se você adotar hábitos inadequados, é exatamente isso que vai acontecer. Porém, se pensar que, aos 40 anos, provavelmente chegou só à metade da vida, vai concluir que ainda tem, em média, mais 40 anos pela frente. Para viver com saúde os 40 anos restantes, você só precisa as escolhas certas, ou seja, adotar um estilo de vida saudável.
A adoção de bons hábitos implica não somente melhor qualidade de vida, como também maior longevidade: algo em torno de catorze anos de vida a mais em comparação àqueles indivíduos com hábitos inadequados.
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Texto extraído do livro COMER, TREINAR, DORMIR: como superar as doenças da vida moderna, de autoria da médica Samira Layaun, editora prumo, 2012.

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