Há coisas na vida que são imprevisíveis. Uma delas é como o corpo vai reagir durante uma maratona. Por mais bem treinado e preparado estejamos, há algo inesperado que aparece e sabota nossa corrida.
Como poderia imaginar que o frio de Paris pudesse ter uma interferência tão forte sobre meu corpo a ponto de prejudicar minha performance? E olha que não o desprezei. Estava bem agasalhado, com uma certa quantidade de roupa, que deveria cumprir o papel de proteger do frio. Porém, a musculatura travou e não desenvolveu todo o seu potencial.
De qualquer forma, ter cruzado a linha de chegada em 3h31min13s chegou a surpreender. É que não senti o corpo desenvolver e a luta pela manutenção do ritmo parecia indicar um tempo bem pior. O técnico Adriano Bastos já havia relatado em que há ocasiões em que o corpo não rende o esperado e quando isso ocorre, não adianta lutar contra o corpo. A melhor atitude é fazer uma corrida mais conservadora.
Por outro lado, há lições que se pode tirar do ocorrido. A principal de todas é o respeito aos limites do corpo. Não se pode colocar em risco a vida. A saúde deve estar em primeiro lugar. E mais, sempre haverá uma maratona após a outra, onde as metas de corrida podem ser perseguidas. É só ter paciência!
Do ponto de vista prático, há outros aprendizados. Clima muito frio não é a minha praia. Minha melhor marca na maratona foi em Buenos Aires num clima inicial de 8◦C, mas com final de prova na casa de 14◦C. O corpo rendeu espetacularmente bem.
Outra coisa é quanto aos acessórios usados durante a corrida. Substituiria os manguitos por uma camisa térmica de mangas compridas. Eles apertaram a musculatura dos braços já nos primeiros 20 km. Não restou outra alternativa senão descarta-los, o que possibilitou mais frio.
A calça leg também parece ser mais adequada ao clima frio do que o short. Ela protege toda a região da perna, além de não interferir na sua livre movimentação. Apesar de preferir o short, numa próxima oportunidade não custa nada testar a calça.
Portanto, em cada maratona é possível tirar lições para o futuro. Essa é uma corrida em que um mínimo detalhe pode fazer toda a diferença, tanto a favor como contra. E para um atleta amador isso tem um significado ainda maior.
  1. Aii que vontade de te bater!! Apesar de todos esses contratempos que vc citou, vc fez um tempo incrivel!! Grgrgrgr Parabens maratonista! Mas vc esqueceu de citar nesse texto que quando a gente vai em um restaurante com uma amiga que não foi com a cara de idiota da garçonete, não é pra voltar, pois pode comer alguma coisa estragada que a idiota fez, e adquirir uma infecção intestinal heim!!! Hijihihihi bjinhosss

  2. Oi, Sandra! Bem-vinda ao blog. Eu é que tenho que parabenizá-la pela conquista em sua primeira maratona. E tenho certeza que essa não será a última. Deixa de preguiça e vai treinar! Quanto a aquela infecção intestinal, pelo menos posso dizer que foi em Paris. Olha que legal isso! Rsrsrs.
    Continue firme nos treinos.
    Grd bjo!

Deixe o seu comentário!