O ano de 2012 marca minha oitava participação na Corrida do Círio. Se tudo der certo, serão sete ininterruptas. Tal fidelidade a essa prova tem uma razão de ser: sou um pagador de promessas (vide post http://migre.me/aNEP8) nessa corrida e, também, devoto de Nossa Senhora de Nazaré.
Na verdade, essa prova não representa apenas dez mil metros que devem ser vencidos quilômetro a quilômetro. Há uma relação afetiva com a cidade de Belém, que faz parte da minha história estudantil, na década de 1980. Correr pelas ruas da cidade, que tantas vezes percorri de ônibus, é uma oportunidade de rememorar os momentos difíceis e de extrema dificuldade dessa época e, sobretudo, de celebrar que todas essas barreiras foram superadas, vencidas e que consegui realizar aquilo a que me propus. Hoje, posso dizer que tudo valeu muito a pena e que se fosse possível, passaria por tudo isso novamente!
Há, ainda, o aspecto da religiosidade. Para motivar e reforçar o compromisso, fiz uma promessa/pedido, que cumpriria nessa prova. Pedi ajuda aos céus para iluminar meu pai na sua luta na busca da cura de sua doença. Foi um momento difícil, mas percebi que sem a fé não é possível sonhar e quem não sonha, não tem esperança. E ter esperança, naquela ocasião, era a única forma de continuar sonhando com dias melhores. Meu pai faleceu em 2009, mas sigo firme em respeito à sua memória.
Ano após ano, ratifico minha fé. Espero estar presente nesta edição, com a proteção de Nossa Senhora de Nazaré.

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