Assunto motivo de protestos no final do ano
passado gerou comunicado à Polícia Federal, responsável pela fiscalização dos
atletas.
Depois de
alguns anos sem bandeiras verde-amarelas no pódio das principais provas do
Brasil, um grupo de fundistas brasileiros resolveu fazer uma manifestação no
Circuito de Corridas da Caixa de 2013. Este protesto gerou um documento
oficial, protocolado na Polícia Federal por Alexandre Luiz Minardi, diretor
técnico de atletismo do Cruzeiro Esporte Clube. O motivo seria o excessivo
número de estrangeiros que competem as provas em situação irregular.
Outro motivo
seria o extenso calendário do ranking que os brasileiros têm que competir sem
tempo de descanso, com provas de dez quilômetros, meia maratona e maratona,
enquanto o grupo de africanos que compete no país corre apenas algumas provas e
se renova de três em três meses.
Nelson
Evêncio, presidente da ATC (Associação dos Treinadores de Corrida de São
Paulo), explicou que a lei diz que todo estrangeiro participante de alguma
prova premiada em dinheiro deverá apresentar uma carta-convite da organização
do evento, liberada pela embaixada de seu país de origem.
Segundo o
presidente, muitos atletas correm sem a autorização da embaixada e com o visto
de turista, prática que torna ilegal a execução de atividade remunerada por
parte do corredor. A baixa fiscalização e consequente vitória dos estrangeiros
nas provas, resultante de melhores condições de treino, ainda gera escassez de
novos talentos brasileiros nas categorias de bases.
A CBAt
(Confederação Brasileira de Atletismo), estabeleceu em 2009 normas que
regulamentam a participação dos estrangeiros, porém a fiscalização deve ser
colocada em prática pela Polícia Federal. Após o seminário da entidade, onde o
assunto foi amplamente debatido, o presidente José Antonio Martins Fernandes
prometeu dar mais atenção ao assunto, sempre fazendo cumprir as normas em provas
com Permit da Confederação.
“Não
temos nada contra a presença dos estrangeiros no Brasil. Pelo contrário, aqui
como em qualquer país do mundo, temos que ter essas feras para elevar o nível
técnico das provas e automaticamente dos brasileiros”, comenta Minardi.
“Porém, queremos a diminuição desses estrangeiros e que venham com visto
de trabalho e Carta Convite. Estamos lutando pelos nossos direitos”,
completa. 
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Extraído
do portal WEBRUN (www.webrun.com.br)

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