Há dias, que por mais
boa vontade que você tenha, o corpo parece não querer treinar. É uma tal de
indisposição, preguiça ou sei lá o quê. Entretanto, em época de preparação para
maratona, treinar é lei. Qualquer desrespeito, você é condenado a pagar os
últimos quilômetros da prova com prisão perpétua, dado a sensação de parecerem
uma eternidade. Portanto, se você está no controle, vá correr de qualquer
jeito. No dia da maratona, isso será um bom atenuante a seu favor, na redução
da pena.
Como “maratona não é
brincadeira de criança”, como já disse e sentiu na pele meu amigo Flávio Masi, então,
se é para ser condenado que seja pela ação, jamais pela omissão. O jeito é
treinar e deixar o corpo no comando. O que puder ser feito, será melhor do que cabular
a planilha. E tem mais, não haverá o sentimento de arrependimento para perturbá-lo
até o próximo longão.
Refiro-me,
principalmente, em relação aos longões, pois, são eles que trabalham a
resistência à fadiga em provas longas, dando às condições necessárias para
aguentar o “tranco” na hora “H”. Além disso, há o aspecto psicológico. Um
atleta bem treinado terá confiança suficiente para encarar e superar as
dificuldades do percurso.
A ideia não é
desencorajar ninguém. Simplesmente alertar que ninguém corre uma maratona sem
uma preparação adequada, levada a sério. A prova exige muito do atleta e a
decisão de corrê-la deve ser pensada com responsabilidade. Não é do dia para a
noite. Além disso, apenas o treinamento não é garantia de sucesso. Tem a
alimentação, uma vida sem excessos (não combina com noitadas e muito álcool), o
descanso e a disciplina para cumprir o treinamento.
Pensar numa meta para
uma maratona é uma boa motivação para manter o foco. Ela nos estimula e nos dá
força para, mesmo nos momentos difíceis, levantar da cama e sair para correr.

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