Uma semana depois da Corrida do Ministério Público do Amapá,
resolvi encarar o desafio de 8 km da Corrida
Porta do Sol
. Dessa vez de cara limpa, ou seja, disfarçado de atleta.
A prova encerrava o calendário
de corridas no Amapá e tinha o atrativo de possibilitar a passagem pelos dois
hemisférios terrestres, contornando a Linha do Equador. Convidei os amigos
Robson Tavares (Thor) e Weliton Silva (Lanterna Verde), que gostaram da
brincadeira de correr, para mais esse desafio.

Antes da largada: Robson, Marco, Welinton e Suelen
Ao contrário da Corrida do MP,
a ideia nessa era “correr pra valer”, com o intuito de sentir o nível de
condicionamento atual. Por outro lado, com o sol forte e temperaturas beirando
os 30 graus pela manhã, um tempo final entre 35 e 36 minutos não seria nada
mal.

Aquecendo antes da largada
Um pequeno atraso no horário da
largada tornou o ambiente ainda mais quente. Por outro lado, possibilitou mais
tempo para o aquecimento. Posicionei-me numa região intermediária, nem tão
longe do grupo mais rápido e nem tão perto dos mais lentos. Entretanto, em
qualquer posição, dava para correr bem.

Largada da Corrida Porta do Sol
A largada ocorreu ao lado da
Fortaleza de São José de Macapá. Sem muita preocupação com um ritmo rápido no
início, via o pelotão de elite abrir distância. Uma multidão passava por mim,
olhei para o Garmin que indicava 4min14s no primeiro quilômetro. Como já tinha
tido a experiência de correr num ambiente quente, imaginei que aquele povo não
ia aguentar correr naquele ritmo forte. Por isso, segurei o pace e atingi o
segundo quilômetro em 4min26s/km e 8min40s de tempo total.
A partir do terceiro
quilômetro, o sol fez a diferença. A expressão de cansaço era nítida e não dava
para disfarçar. Senti bastante o calor e o reflexo veio na quebra de ritmo. Mesmo
assim, consegui ultrapassar vários atletas. Passei no terceiro quilômetro com
pace de 4min29s e tempo total de 13min09s.

Próximo da linha de chegada
Nos dois quilômetros seguintes,
um misto de cansaço e superação. Apesar de não haver uma quebra significativa
de ritmo, o cansaço bateu forte. O calor começou a selecionar os bem treinados
dos corredores eventuais. No quarto quilômetro, estava difícil, mas consegui
manter o ritmo de 4min27s/km. O cansaço persistia, entretanto, após a
hidratação com dois copos d’água, parte ingerida e outra jogada na cabeça e no
corpo, a reação foi imediata. Consegui manter o pace no km 5. Após passar pela Linha
do Equador, do hemisfério norte para o sul, e contornar o monumento do Marco
Zero, retornando ao hemisfério norte, fiz uma outra corrida.
A linha de chegada estava a 3
km, mas para quem se encontrava cansado, parecia um lugar inatingível. Nesse
momento, prevaleceu a figura do maratonista. Acostumado aos exaustivos treinos preparatórios
para as maratonas, o corpo passou a responder ao esforço. No km 6, o ritmo já
melhorava para 4min19s. Conseguia manter o pace e ultrapassar outros
corredores. O tempo de prova atingia 26min22s.
No sétimo quilômetro, uma
subida tornou os últimos quilômetros ainda mais difíceis. Como estava no final,
prossegui num ritmo forte e o ritmo foi para 4min21s. Quando o Garmin sinalizou
o último quilômetro, dei uma olhadinha para trás para conferir se alguém se
aproximava. Não costumo fazer isso, mas uma disputa no final poderia melhorar o
tempo.
Solitariamente, segui para a
chegada correndo o que dava para minhas pernas. O cansaço não me permitia ter
ideia do ritmo, apenas corria. Cruzei a linha de chegada com o tempo final de
34min20s e um pace surpreendente de 3min37s no último quilômetro. Excelente
para um final de prova sob um sol escaldante.

Chegada na Corrida Porta do Sol
Os meus amigos “super-heróis”,
também conseguiram completar a prova. O Robson Tavares (Thor) fez um tempo de
39min32s, ficando na 60ª. colocação. Enquanto que, o Welinton Silva (Lanterna
Verde) chegou um pouquinho depois, com o tempo de 1h02min36s, na 119ª. posição.
Marco, Welinton e Robson comemorando a chegada

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