Confesso que gostei
da brincadeira de correr em trilhas. Como corredor urbano, posso dizer que com
o tempo, só asfalto, sempre com a mesma paisagem da “selva de pedra”, satura,
torna a corrida monótona. Não há percurso pela cidade que ainda não tenha
experimentado. Entretanto, não passa pela cabeça excluir o asfalto da minha vida.
Até porque só vou encarar provas com esse tipo piso. Penso em alternar os treinos
longos entre asfalto e trilha, nessa preparação para a Maratona de Porto
Alegre. Como há tempo suficiente, um lá e outro cá, para dar novos ares ao
treinamento. Mais puro, inclusive.

É certo que a corrida
em trilha trabalha o fortalecimento muscular, uma vez que o terreno irregular,
com subidas e descidas, exige um pouco mais da musculatura. Mas o que atrai são
as variações de percurso, as condições adversas de piso, a natureza como
cenário. Isso faz com que cada treino seja único, prazeroso e mais empolgante.
Há também o fator psicológico, pois prepara para as dificuldades que a maratona
proporciona.
A corrida em trilha
não é nenhuma novidade. Muitos atletas de elite já incorporaram na preparação
por envolver aspectos como força e resistência. É que o piso de terra, lama e
pedras faz com o corpo trabalhe um número maior de grupos musculares,
principalmente, pernas e quadril. No final das contas, o atleta consegue
melhorar sua velocidade e se tornar mais ágil na transição para o asfalto. Para
amadores que tem problemas com a balança, um estudo nos Estados Unidos mostrou
que correr em trilha é mais eficiente do que no asfalto, pois, queima mais calorias,
média de 28% a mais do que no asfalto.

Agora, há algo que precisa
ser dito. A principal vantagem, na minha modesta opinião, de correr em trilhas
é a paisagem. O contato com a natureza torna a atividade agradável e até mais
revigorante. O ar puro, o verde da mata, os pássaros e belas paisagens são elementos
que trazem encantamento e tornam a atividade prazerosa, mesmo diante das
dificuldades do percurso.

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