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Texto extraído do livro “CORRERIA – Histórias do Universo das Corridas” de autoria do Sérgio Xavier Filho, editora Arquipélago Editorial.
Edson Correndo na areia fofa |
Correndo no treino funcional |
Ana Laura e Ana Lúcia no treino funcional |
– Faça isso por alguns dias para descobrir uma média da sua
frequência cardíaca pela manhã. Vá anotando todos os dias no caderno.
– Compare o valor médio do bpm com um após um dia de corrida mais
intensa. Se sua frequência está sete ou mais batimentos acima do normal,
significa que ainda não está totalmente recuperado do último treino.
Essa técnica vale também para descobrir se você está melhorando o
condicionamento físico. Caso o bpm médio esteja diminuído com o passar
do tempo, você está cada vez melhor. Por outro lado, se o valor estiver
aumentando gradativamente, você pode estar forçando demais nos
treinamentos.
Palhares ainda lembra que há dois tipos de overtraining:
simpaticotônico e parassimpaticotônico. “No primeiro, o sistema nervoso
simpático (SNS) [que estimula ações que permitem ao organismo responder a
situações de estresse] acelera os batimentos cardíacos quando não está
totalmente recuperado de uma atividade física”, diz o médico. “É
facilmente diagnosticado, pois o indivíduo sente-se doente e com
diversos sintomas característicos, como fadiga, excitação, distúrbios do
sono, inapetência, perda de peso, tendência ao suor, mãos úmidas,
olheiras, palidez, dores de cabeça frequentes, taquicardia, variação da
pressão arterial e, como já dito, maior frequência cardíaca de repouso.”
No overtraining parassimpaticotônico, a principal característica é a
fraqueza. “O indivíduo não se encontra em condições de mobilizar a
energia necessária para participar de uma competição ou realizar
exercícios de alta intensidade que fazia antes”, conta. Essa forma de
excesso de treinamento é mais difícil de ser identificada, pois o
sistema nervoso parassimpático (SNP) tem a função de acalmar o corpo em
uma situação de emergência. Logo, os bpm volta ao normal, dificultando a
verificação dos sintômas. “O ideal é o diagnóstico de um especialista,
após exames laboratoriais.”
Para o tratamento de ambas, a diminuição da carga de treinos é
fundamental – dependendo do caso, até a suspensão das atividades. “A
recuperação ativa, com a prática de outros esportes, como a natação,
também é uma boa opção”, lembra o médico. Massagens, banhos com variação
de temperatura e sauna são outros métodos que ajudam. “A alimentação
deve ser rica em vitaminas e proteínas”, finaliza o doutor.
Extraído do Portal O2 por minuto (http://o2porminuto.ativo.com/corrida-de-rua/materia/overtraining–identifique-pela-pulsacao)