Durante minha trajetória de corredor tive poucas lesões, mas uma em especial atormentou-me por alguns anos: periostite, mais conhecida como canelite. Senti pela primeira vez em 2006 e só curei, de forma definitiva, em 2009.
A canelite é uma inflamação na inserção entre o músculo e a tíbia (osso da canela) devido, principalmente, ao excesso de treinamento, sem o descanso necessário. É comum em atletas iniciantes, mais afoitos para entrarem em forma, mas também aflige os veteranos. Pode ser também provocada por usar tênis gastos ou correr em superfícies muito duras ou desniveladas.
Imagem: calcadodesportivo.com
Para o tratamento, após o diagnóstico médico, fisioterapia é a solução. Em geral são prescritos exercícios de alongamentos, fortalecimentos e aplicações de gelo. No meu caso, fiz fisioterapia (hidrocinesioterapia) e pilates. Como medida preventiva, faço aplicação de gelo após os treinos longos.
A dor provocada pela canelite é incômoda, principalmente ao levantar-se pela manhã. Em alguns casos, desaparece ao longo dia e volta com força total após a atividade física. Pode, também, impossibilitar movimentos rotineiros no seu dia a dia, como dirigir automóvel. Nos casos mais graves o quadro pode evoluir para uma fratura por estresse.
Por isso, a carga de treinamento deve ser dosada. Nunca aumente demais sua quilometragem semanal ou a intensidade dos treinos. Aqui vale a regra dos “dez por cento”: se você correr 10km num final de semana, no próximo, irá percorrer não mais que 11km. Dessa forma, seu corpo se adaptará ao esforço, sem maiores consequências.

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