Essas mudanças anunciadas para a edição de 2012 da São Silvestre (SS) não resolvem um dos maiores problemas da prova: o tumulto da largada. Sinceramente, não via como problema o percurso da edição de 2010, com a largada/chegada na Avenida Paulista. Talvez, a mudança da prova para o período da manhã tenha sido uma decisão acertada, porque, de fato, o final da corrida coincidia com a chegada das pessoas que vinham assistir ao “Show da Virada” na Paulista e acabava provocando um tumulto generalizado.
Mas o principal problema da São Silvestre não vai estar sendo resolvido com as mudanças anunciadas pela organização. Quem já correu a prova sabe que a maior dificuldade da SS é a largada tumultuada, com os atletas com faixas, cartazes e sei lá mais o quê, só para aparecer na TV. As principais corridas internacionais e que recebem um número bem maior de participantes fazem a largada em “ondas”. A cada cinco minutos, por exemplo, larga uma certa quantidade de corredores. As “ondas” são formadas com atletas de mesmo ritmo de prova. Assim, os mais rápidos estarão posicionados um pouco mais à frente. Fácil, ágil e funcional.
Esse tipo de largada evita o congestionamento de corredores, mesmo em vias mais estreitas, como acontece na SS, e dá mais fluidez, tornando a prova mais rápida. E para quem quer aparecer na TV, mostrando seu cartaz, faixa, enfim, basta a organização destinar uma baia específica para esses atletas. Assim, todos podem participar da festa.

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